Já foi há uma semana mas só agora veio a público que o mangaka Hideo Azuma faleceu no dia 13 de Outubro devido a um cancro de esófago.
Azuma começou a fazer mangá desde 1969 e até à data já tinha um currículo invejável apesar da sua vida não ter sido um mar de rosas. Alguns dos seus mangá mais notáveis incluem Olympus no Poron e Nanako SOS, os quais deram origem a séries animadas para televisão nos anos de 1982 e 1983, respectivamente.
O mangaka é considerado um dos artistas importantes no conceito e na estética do estilo “moe” e “lolicon” no anime bem como no mangá. O mangá autobiográfico Disappearance Diary narra seus anos mais dífíceis, uma altura em que foi um sem abrigo e um alcoólatra em recuperação. Mais tarde, também escreveu e desenho o mangá Disappearance Diary 2: The Ward for Alcoholic in 2013, que relatou os seus anos na luta e recuperação do álcool.
Este mangá deu-lhe o grande prémio no prestigiado Osamu Tezuka Cultural Awards em 2006. Em 2009, Hideo Azuma tornou-se no primeiro criador japonês a ser homenageado com uma indicação do Ignatz Award. O mangá também foi indicado no Festival Internacional de banda Desenhada de Angouleme, na França, em 2008.
Já no inicio deste mês, em Itália, o mangá ganhou recentemente o prémio Gran Guinigi por “Riscoperta di un’opera” (“Trabalho Redescoberto”). Hideo Azuma tinha 69 anos de idade.
É mais uma grande perda para a nona arte japonesa…