Sarami, a filha do rei do Inferno decide procurar uma vida nova no mundo dos humanos. A vida no Inferno é chata e fastidiosa para uma jovem moderna, cheia de sonhos e que tem uma enorme curiosidade em conhecer o outro lado do mundo.
Em contrapartida, os habitantes da Terra e em especial os personagens secundários que acompanham Sarami nas suas aventuras são muito estranhos: Plum, uma bolha gorda que mais parece uma batata tem como ocupação laboral o estilismo, uma coelha de nome Pyonko proprietária de um restaurante decorado com motivos “western” e Billy o príncipe encantado de Sarami, que usa a sua potente Harley Davison para distribuir bifes.
Ficamos contentes em saber que existe em Sarami uma personalidade enérgica mas inábil, manipuladora mas não diabólica, de carácter inflamado, mas de bom coração. Sarami é confrontada com as constantes problemáticas da vida real para uma jovem adolescente. A força dela reside neste equilíbrio entre realidade e fantasia, que permite abordar os assuntos concretos sem os dramatizar.
Este manga surpreende em primeiro lugar pelo seu grafismo, que se aproxima muito mais do estilo europeu alternativo que do manga e que logo à partida poderá afastar os leitores mais “conservadores” do estilo manga. O desenho é simples, o que convêm para este tipo de histórias curtas.
Jigoku no Sarami-chan (地獄のサラミちゃん) foi editado no ano de 2006 e que até à data só tem versão em francês pela editora Kanko. Tem um formato mais pequeno que os habituais volumes manga e conta-nos uma sucessão de pequenas histórias da princesa do Inferno ao longo de mais de 300 páginas.
Em suma, Jigoku no Sarami-chan (em português “Sarami, A Princesa do Inferno”) é um manga da autora Asakura Sekaiichi bastante agradável de se ler, mas presumo que agradará mais a um público adolescente do que adulto.
Escrito por: Fernando Ferreira
Michel
Ótimo texto, um título para poucos , no Brasil esse título dificilmente seria publicado .