Foi um anime de que gostei muito. Tanto, que até tenho desejos de fazer cosplay. Irei agora, definitivamente, actualizar o meu Cosplay Portfolio com isto… Enfim, tinha vontade de rever este anime portanto… Porque não ler o manga? Tem muitas coisas diferentes do anime, sobretudo as que se passam em França.
Tenho uma relação estanha com a música. Há quase duas décadas comecei a ter aulas de piano. Sempre toquei, sempre adorei tocar, mas muitas coisas se passaram numa certa fase da minha vida e deixei de conseguir, emocionalmente. Depois, quis voltar e descobri que já não sabia nada! Portanto o meu piano, o Wibby, está parado há muito, muito tempo. Gostaria de voltar a mexer nele, ainda no outro dia tive a coragem de lhe tocar uma escala, mas não sei por onde começar. Talvez voltar a ter aulas, mas para isso preciso de organizar melhor o meu tempo… Terei de ver no futuro. De certa forma, este manga inspira a isso, mas também desinspira. Porque estes não são estudantes de música normais. São estudantes de música extremamente talentosos! E isso distingue-os imediatamente de mim, hahaha
Este manga foca de forma bastante directa vários assuntos: a relação entre as pessoas, seja de amizade, amorosa ou de competição; a relação com a música, o prazer de tocar versus a profissão da música; a evolução das pessoas como estudantes, mas também como personalidades. Assim, pegando num tema apaixonante, é uma história muito completa sobre a vida em geral.
O tema da música é tratado com cuidado, revelando grande pesquisa. É extraordinário como podemos ouvir a música que eles estão a tocar sem termos qualquer elemento sonoro para nos ajudar. Isto é conseguido por uma arte cuidada e muito detalhada, com personagens extremamente expressivos.
Estes, são tanto únicos como realistas. Conseguimos ouvi-los perfeitamente e enfrentar com eles (que são muitos) os problemas normais da vida, problemas esses que todos enfrentamos – ou enfrentámos em alguma parte da nossa vida. São humanos, verdadeiros humanos, com dúvidas e fraquezas que não podem ser resumidas a uma categorização redutora.
Chiaki poderá ser classificado como tsundere, mas é muito mais que isso, tem muito mais densidade e uma caracterização muito mais profunda do que a simples classe de personagem. Nodame poderia ser apenas mais uma genki girl, mas a sua expressividade é tal que conseguimos compreender o que a torna uma pessoa palpável, como eu e como vocês.
No entanto, este manga tem um grande problema, problema de todos os mangas populares: é demasiado longo. Sobretudo os tempos passados em França, parece que nunca mais terminam e há momentos muito mornos em que parece que a história nunca vai evoluir e que não contribuem grande coisa para o desenvolvimento das personagens. Assim, não lhe posso dar uma nota melhor.
Mas diverti-me muito a ler este Nodame Cantabile, um manga 25 Volumes da autoria de Ninomiya Tomoko e que foi lançado entre os anos de 2001 – 2010. Será que agora vou voltar à música? Quiçá (quiçá quiçá)…
Escrito por: Carol Louve