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Segredos da Arte Tradicional Japonesa: a Pintura

A requintada arte japonesa, respetivamente a pintura, engloba uma distinta variedade de estilos e géneros, tendo sido influenciada pela pintura chinesa, nomeadamente em relação à pintura religiosa budista e à pintura de plantas e animais, sobretudo aves e flores.

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Porém, a pintura japonesa também se desenrolou nestas temáticas. Embora só no século XIX é que a influência ocidental se espalharia pela arte japonesa e cujo desenvolvimento teria repercussões internacionais.

O tema mais habitual da pintura japonesa, ainda sob o domínio chinês, e que posteriormente utilizaria técnicas de impressão, é o retrato de contos e cenas do quotidiano, representadas com diversas personagens e elaborados elementos, no entanto, não foi impedimento suficiente à evolução da cultura japonesa. Só por curiosidade, existem cerca de 158 obras e conjuntos que remontam desde o século VIII ao século XIX, algumas de origem chinesa e que pertencem à lista oficial de tesouros nacionais do Japão ao nível da pintura.

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Ora, para se ter uma melhor perceção, a pintura japonesa encontra-se cronologicamente tripartida:

Antigo Japão e período Asuka (até 710): a pintura japonesa terá surgido durante o período pré-histórico japonês, comportando desenhos geométricos, figuras simples que formavam a cerâmica neolítica do período Jōmon, e os sinos de bronze chamados Doutaku referentes ao período Yayoi (300 AEC-300 EC). A influência chinesa durante o período Asuka levaria à introdução do kanji no alfabeto japonês, do budismo, entre outros aspetos.

Período Nara (710-794): ficou marcado pela escultura. As pinturas mais antigas incluíam frescos nas paredes interiores do Kon-Do, do templo Horyu-ji em Ikaruga (Nara), que retratavam aspetos do quotidiano e da vida budista, entre outros. Em meados deste período, as pinturas referentes ao estilo da dinastia Tang, tornavam-se célebres, fazendo parte de murais tumulares, como o caso da tumba de Takamatsuzuka (700AEC), onde se podiam visualizar figuras de cortesãos e símbolos típicos da astrologia chinesa, como o dragão, o tigre ou a fénix vermelha.

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Períodos Heian e Kamakura (794-1185 e 1192–1333): com o incremento das crenças budistas/esotéricas de Shingon e Tendaishū, durante os séculos VIII e IX, as representações de cariz religioso (Mandala), tornaram-se predominantes, criando-se murais que ornamentavam os templos, como o caso do antigo Pagode Daigo-ji, um edifício composto por cinco andares, localizado na região de Kyoto, no Japão.

Escrito por: Mia Mattos

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